Os oito restaurantes envolvidos na iniciativa, que deveria terminar no domingo, já venderam 3.300 doses da iguaria tradicional, “o que corresponde mais ou menos a mil lampreias”, disse à agência Lusa o vereador da Cultura e do Turismo, João Azadinho.
A acompanhar cada dose, confecionada pelos estabelecimentos de acordo com receitas ancestrais que passaram de geração para geração, segue um pequeno “saco de pano com a medida de arroz branco”, que será depois cozinhado pelo cliente.
O município oferece a saqueta e a caixa de cartão para as pessoas levarem o manjar com o característico molho negro, bem como um folheto informativo e, por cada prato, um exemplar da doçaria conventual do concelho: uma “nevada” ou um “pastel de Lorvão”.
A campanha acaba por ser “uma forma indireta de ajudar os restaurantes” segundo o vererador da Cultura e do Turismo, encerrados devido ao confinamento geral para travar a pandemia da covid-19.A chamada época da lampreia, quando este ciclóstomo sobe o rio Mondego, a partir do estuário, na Figueira da Foz, para desovar a montante de Penacova, decorre habitualmente entre fevereiro e abril, atraindo milhares de pessoas aos distritos de Coimbra e Viseu.
Animal do tempo dos dinossauros, que reparte a sua vida entre meios de água salgada e doce, nos oceanos, rios, ribeiras e lagoas, a lampreia faz parte há séculos da identidade gastronómica da região.
Com diferentes modos de cozinhar, é servida por casas da especialidade na Figueira da Foz, Montemor-o-Velho, Coimbra, Penacova, Mortágua, Santa Comba Dão e outros municípios banhados pelo Mondego e afluentes.
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