“São pequenos negócios que já sobrevivem em condições normais. Em condições excecionais como estas, correm sérios riscos de ficarem descapitalizados”, refere Lúcia Simões, mentora do projeto, frisando que o fim desses negócios teria “um impacto brutal numa comunidade tão pequena”.
Conhecendo a realidade de Castro Daire, a empresária tinha a noção de que a maioria das pessoas que está à frente destes negócios “não tem a experiência do ‘online’, nem está habituada a encontrar estratégias”.
“No fundo, estavam habituadas a ter uma porta aberta e a haver circulação de pessoas, coisa que deixou de acontecer com a covid-19”, contou, lembrando que “não tiveram faturação durante três meses e a retoma está a ser muito lenta”.
Lúcia Simões contactou a presidente da Associação Empresarial de Castro Daire e Beiras, Marisa Pinto, e rapidamente foi desenhado o projeto “Castro Daire de coração nas mãos”, que junta artesãos, alojamento local, turismo rural, restauração e bebidas.
Nesse âmbito, foram “entrevistar as pessoas usando práticas de psicologia positiva”, fazendo perguntas que “muitas vezes levaram ao choro e ao riso”, em depoimentos emocionados. Durante nove semanas, em www.castrodairenocoracao.pt serão publicadas as mais de 90 reportagens resultantes de entrevistas feitas durante o mês de junho a comerciantes, artesãos, responsáveis de alojamento local, de turismo rural, da restauração e de serviços de interesse turístico.
O 'site' tem ainda uma montra representativa dos produtos que podem ser encontrados no concelho, havendo a possibilidade de fazer a compra 'online'.