Durante o período do Estado Novo, entre as décadas de 40 e 70, a zona da Alta de Coimbra sofreu uma ruptura do seu tecido urbano (demolições, expropriações, desaterros) e alterações sociológicas significativas, com o objetivo de construir novos edifícios universitários. A antiga Universidade de Coimbra mais parecia ter sido, segundo Nuno Rosmaninho, "objeto de um ataque aéreo".
Foram destruídos mais de 200 prédios, entre edifícios habitacionais e comerciais, e imóveis de interesse histórico e patrimonial, para dar lugar a um espaço exclusivamente universitário. O Projeto da Cidade Universitária, gizado na sua maior parte pelo arquitecto Cotinelli Telmo, absorve a influência do estilo arquitetónico moderno e vanguardista, próprio dos regimes fascistas: monumental, totaliitarista, de linhas direitas, com uma linguagem despreocupada do meio envolvente e dos habitantes.
Tratando-se de um tema polémico e que suscitou opiniões divergentes (dentro do próprio regime e da classe dos arquitetos), este episódio marcaria definitivamente o domínio da Universidade sobre a cidade de Coimbra.
Posição contrária era defendida por De Gröer, arquiteto responsável pelo Anteprojeto de Embelezamento e de Extensão da Cidade de Coimbra (1940), quando considerou que “toda a parte alta da cidade é uma ‘Cidade Museu’, cujo aspecto deve ser inteiramente conservado”.
Foi necessário construir bairros especificamente para receber a população salatina desalojada, entre eles, o Bairro das Sete Fontes, mais tarde Bairro de Celas, o Bairro Marechal Carmona, atual Bairro Norton de Matos, o Bairro da Fonte do Castanheiro e a Arregaça.
Aveiro
Castelo Branco
Coimbra
Guarda
Leiria
Viseu
EmpresasPatrimónioNaturezaGastronomia |