A Escola da Noite decidiu antecipar um dia o encerramento da temporada de “Casa Tomada”, espetáculo construído a partir do conto homónimo de Julio Cortázar, recentemente estreado no Teatro da Cerca de São Bernardo.
A sessão prevista para 26 de Maio foi cancelada, devido à coincidência com o cortejo da Queima das Fitas, que provoca fortes condicionantes no acesso ao Teatro.
Os espectadores têm ainda duas semanas para assistir à mais nova produção da companhia de Coimbra, que aconselha o público a não deixar para os últimos dias a sua vinda ao Teatro.
O espetáculo pode ser visto às quintas-feiras (19h00), às sextas e sábados (21h30) e no domingo, dia 19, às 16h00. Os bilhetes custam 10 euros, sendo aplicável o desconto de meio bilhete a menores de 30 e a maiores de 65 anos, estudantes, desempregados/as e profissionais e amadores/as de teatro.
A sessão de dia 19 de Maio contará com interpretação em Língua Gestual Portuguesa.
Com direcção da encenadora brasileira Silvana Garcia, “Casa Tomada” toma como ponto de partida o conto com o mesmo título do escritor argentino Julio Cortázar.
A dramaturgia foi construída através de um processo colaborativo, que envolveu os atores – Ana Teresa Santos, Igor Lebreaud, Miguel Magalhães e Ricardo Kalash – e a assistente de encenação Paula Garcia. Em palco, aborda-se a situação de pessoas refugiadas obrigadas a deslocarem-se entre supostos campos de acolhimento: os quatro atores reproduzem “o quotidiano desses seres destituídos, capturados na cena entre a estadia precária e o pôr-se novamente em movimento, sem que se saiba exatamente o destino” – adianta a encenadora.
Sem identificar um espaço, um tempo ou uma população em particular, “Casa Tomada” evoca a condição dos milhões de pessoas que foram e são obrigadas a abandonar a sua terra.
É um “gesto de solidariedade e empatia para com essas populações em êxodo”, um “clamor de indignação contra as forças que as ameaçam”, acrescenta Silvana Garcia.
Duas instalações
Pensado e construído “como um poema cénico”, o espetáculo é acompanhado por uma instalação vídeo, criada por Eduardo Pinto, com imagens e excertos de discursos oficiais sobre a situação de pessoas refugiadas em diferentes locais do mundo.
No foyer do Teatro, pode ser vista e ouvida a instalação “Malas Poéticas”, criada por Rachel Caiano, Paula Garcia e Zé Diogo. A partir de uma torre de malas de viagem que parecem suster o tecto do Teatro, o público é convidado a ouvir duas dezenas de poemas, escritos por Alda Espírito Santo, Ary dos Santos, Atiq Rahimi, Cecília Meireles, João Cabral de Melo Neto, Kajal Ahmad, Meral Cicek, Omar Khayyam, Pablo Neruda e Rui Knopfli, entre outros/as autores/as. Os/as intérpretes do espetáculo, a própria encenadora, a assistente de encenação e ainda Juliana Roseiro, Mariana Banaco e Zé Paredes emprestaram as suas vozes à leitura dos poemas selecionados.
ESCOLA DA NOITE
até 25 de Maio de 2024
quintas-feiras, 19h00
sextas e sábados, 21h30
domingo, 16h00
M/14
Duração: 90 min
Preço: 5 a 10€
Sessão com interpretação em LGP
19 de Maio | domingo, 16h00
informações e reservas:
239 718 238 / 966 302 488
bilheteira online: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
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