Uma mulher de 47 anos ficou hoje em prisão preventiva depois de ter sido indiciada pela prática de seis crimes de incêndio florestal agravado, no concelho de Condeixa-a-Nova, anunciou hoje o Ministério Público (MP) de Coimbra.
De acordo com a página de internet da Procuradoria da República da Comarca de Coimbra, a mulher foi hoje presente a primeiro interrogatório judicial, depois de ter sido detida fora de flagrante delito.
“Os factos considerados fortemente indiciados ocorreram nos dias 12, 13, 15 e 16 de setembro, no concelho de Condeixa-a-Nova”.
Segundo o MP de Coimbra, a mulher de 47 anos terá ateado, na quinta-feira, fogo à vegetação rasteira existente junto a um caminho florestal, tendo ardido uma extensão de cerca de quatro hectares de pinhal e eucaliptal.
No dia seguinte, noutro caminho florestal, terá ateado fogo ao mato rasteiro ali existente, sendo consumida uma extensão de cerca de 42 metros quadrados de pinhal e eucaliptal.
Já no dia 15, nesse mesmo caminho florestal, “ateou fogo ao mato rasteiro", junto a um bidão que continha lixo, tendo ardido uma extensão de 32 metros quadrados de silvas e mato.
Na segunda-feira, em três momentos e locais distintos, “ateou fogo a vegetação e mato rasteiro ali existentes, o qual alastrou e provocou a deflagração de três incêndios”.
“Em cada uma dessas ocasiões, a arguida abandonou os locais, onde arderam, respetivamente, cerca de 50 metros quadrados de feno, silvas e mato, 10 metros quadrados de fenos rasteiros e 1.004 metros quadrados de mato, silvas e feno”, acrescentou.
No comunicado é ainda evidenciado que “apenas a rápida intervenção bombeiros permitiu evitar que os incêndios tomassem maiores dimensões”.
“As condutas da arguida ocorreram em período de perigo muito elevado de incêndio florestal, face às condições climatéricas que se faziam sentir”, refere.
A investigação prossegue sob a direção do Ministério Público de Coimbra do Departamento de Investigação e Ação Penal, com a coadjuvação da Diretoria do Centro da Polícia Judiciária (PJ).
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ADiretoria do Centro da Polícia Judiciária deteve, ontem, uma mulher, de 47 anos, pela presumível autoria de seis crimes de incêndio florestal, ocorridos nos dias 12, 13, 15 e 16 do corrente mês, nas localidades de Sebal e Condeixa-a-Nova.
Em comunicado, a a PJ refere que a suspeita, presumivelmente com uso de chama direta, ateou os incêndios na floresta, em zona com vasta mancha florestal, povoada com mato e pinheiro bravo, confinante com a zona urbana, colocando em perigo a integridade física e a vida de pessoas, de habitações e da mancha florestal com centenas de hectares.
Os incêndios acabaram por não assumir proporções mais gravosas devido à rápida e eficaz intervenção dos populares, dos bombeiros e meios aéreos; salienta a PJ, no mesmo comunicado.
A detenção contou com a colaboração do Grupo de Trabalho para a Redução de Ignições em Espaço Rural do Centro e da GNR de Condeixa-a-Nova. A detida irá ser presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.
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