“[…] a Greenvolt - Energias Renováveis […] informa que a Gamma Lux Aggregator concordou em contribuir para a sociedade num montante total agregado de €200.000.000”, lê-se num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Segundo refere, esta “contribuição pode assumir a forma de capital ou de instrumentos de dívida e enquadra-se na provisão de fundos prevista no prospeto datado de 4 de outubro de 2024 relativo à Oferta Pública de Aquisição lançada pela GVK Omega, S.G.P.S., Unipessoal, Lda. relativamente às ações da sociedade”.
A injeção de fundos será efetuada “em ou até 31 de janeiro de 2025”, a não ser que seja entretanto acordada uma data posterior entre as partes.
A Greenvolt deixou na semana passada de estar cotada na bolsa de Lisboa, na sequência do registo da aquisição potestativa pela KKR dos 2,36% do capital da empresa que ainda não detém.
A aquisição potestativa segue-se à Oferta Pública de Aquisição (OPA) geral e obrigatória lançada pela GVK Omega, cujos resultados foram apurados em 25 de outubro e que resultou na aquisição pela Lux Aggregator de uma participação de 97,64% da Greenvolt.
De acordo com o prospeto da OPA, publicado em 04 de outubro deste ano pela CMVM, é objetivo da GVK Omega "contribuir para o desenvolvimento a longo prazo e crescimento sustentável" da Greenvolt.
No final de 2023, a KKR lançou uma oferta voluntária sobre a Greenvolt, que acabou por se converter em obrigatória.
Em 3 de junho passado, a KKR revelou que iria, através da sociedade GV Investor Bidco, converter as obrigações em ações, ficando nessa altura com uma posição de 82% na empresa.
Em outubro, a KKR conseguiu adquirir 97,64% da Greenvolt depois de lançar a OPA geral e obrigatória, ficando com a possibilidade de avançar com uma aquisição potestativa (ou ‘squeeze-out’), um mecanismo legal que permite a um acionista maioritário adquirir compulsoriamente as ações dos acionistas minoritários, desde que detenha mais de 90% do capital social da empresa visada.