A Câmara Municipal de Aveiro apresentou esta quarta-feira, 27 de novembro, a programação do Teatro Aveirense (TA) para os primeiros quatro meses de 2025, com propostas de artistas de renome nacional e internacional a estenderem-se por áreas como música, teatro, dança, atividades para as famílias e escolas, assim ações de formação.
“O primeiro quadrimestre de 2025 tem uma carga simbólica muito específica na área da cultura em Aveiro, pois marca o início de uma nova etapa após o fantástico evento Aveiro Capital Portuguesa da Cultura 2024. Este título fez parte da nossa estratégia mais ampla, apoiada no Plano Estratégico para a Cultura 2019-2030, que tem por objetivo a afirmação da Cultura, do património e do setor cultural e criativo de Aveiro, gerando mais participação, mais criação e mais qualificação"; começou por dizer o presidente da Câmara Municipal de Aveiro, José Ribau Esteves.
"A cultura é um elemento fundamental da vida de Aveiro e sabemos que o Teatro Aveirense vai continuar a afirmar-se no panorama nacional, sendo uma parte fundamental da vida dos Aveirenses e dos visitantes do nosso território”, salienta ainda o edil aveirense.
Entre os vários nomes consagrados a ter em conta nos próximos meses, no âmbito da programação do TA, contam-se Clara Andermatt, que apresentará um espetáculo de dança focado no universo feminino e reinterpretando a dança, a poesia e a música iranianas, que assinala o aniversário dos 144 anos do Teatro Aveirense; Paulo de Carvalho, que levará a Aveiro um espetáculo com as suas canções e as histórias que deram origem às mesmas; e José Pedro Gomes e Aldo Lima, com um novo olhar para a peça Amigos da Treta.
Destaque também para a peça com a conceituada atriz brasileira Cláudia Raia, sobre a Mulher 50+, que retrata situações vividas por mulheres no seu ‘segundo ato’ de vida; para apresentação do último álbum da guitarrista e especialista em guitarra portuguesa Marta Pereira da Costa e do mais recente trabalho do produtor e compositor João Barbosa, mais conhecido como Branko; e ainda para o concerto dos Mão Morta, que levam ao palco do TA um espetáculo que combina a música de intervenção portuguesa pré-25 de Abril, o rock e o experimentalismo.
Fazem ainda parte da programação do Teatro Aveirense duas figuras de relevo no teatro europeu. Chiara Guidi e Armando Punzo, ambos italianos, são reconhecidos por se focarem em campos muito específicos de criação: Guidi no teatro para a infância e Punzo na produção teatral com reclusos. Abordagens distintas, mas ambas com resultados deslumbrantes - seja pelas criações em si, seja pela profundidade dos seus propósitos –, como se poderá comprovar nos espetáculos que vão trazer ao Teatro Aveirense, com a proposta de Chiara Guidi a envolver a participação da comunidade artística local.
De salientar ainda para três criações que irão com certeza marcar a temporada: Solstício de Inverno, da companhia Teatro da Cidade; Sul, da companhia A Turma - e com interpretação de atores como Virgílio Castelo –; e Refugiado, do ator e encenador Paulo Matos, que construiu a peça tendo por base o relato de um homem que foge do seu país de origem.
A ligação com as escolas voltará a fazer parte da programação do Teatro Aveirense, com três atividades dirigidas exclusivamente a este público: Ars ad Hoc - Audições comentadas, um concerto para os estudantes ouvirem diferentes obras musicais, acompanhado por comentários de elementos da associação cultural aveirense Arte no Tempo; o espetáculo O que é Um Problema, que junta no palco duas bailarinas, uma delas também artista plástica, e um músico; e a peça de teatro 25 de abril de 1974, da companhia Mala Voadora, encenado por Jorge Andrade.
Este arranque de ano é também exemplo da vontade de manter algumas das grandes marcas da programação do Teatro Aveirense, de que é exemplo o Concerto de Ano Novo, assim como as rubricas Novas Quintas, dedicada a músicos emergentes, Os Filmes da Nossas Terças, especializada no cinema de autor, e Música na Escola, apostada em cativar o público jovem.
“Estes primeiros meses (de 2025) são o reflexo daquilo que será a programação do Teatro Aveirense no resto do ano. É um quadrimestre com uma grande abrangência de áreas artísticas, que equilibra tradição e inovação, considera artistas conceituados e emergentes, alia nomes nacionais e internacionais e que aposta na formação.
São ainda quatro meses com uma forte presença da comunidade artística aveirense, procurando promover também um olhar sobre outras culturas e sublinhar o papel da inclusão. Não está aqui tudo o que faremos em 2025 – longe disso –, mas são já algumas pistas de um ano repleto de atividade”, afirmou o diretor do Teatro Aveirense, José Pina.
O Teatro Aveirense integra a RTCP – Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses.
Vídeo em direto da apresentação
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