A sessão de inauguração teve início com a atuação do Grupo Cénico das Barrocas, com trajes, tradições e música que caraterizam o património histórico-cultural da cidade aveirense.
Presentes no evento estiveram, entre outros, o presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Ribau Esteves, e o presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), António Laranjo, tendo ambos destacada a importância deste investimento para a região enquanto marca identitária de promoção cultural e turística. A antiga estação continuará a ser propriedade da IP, estando entregue ao município em regime de comodato durante 50 anos.
Para o presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves, “este é momento muito simples e sentido”, destacando que se trata “do início da vida nova de um dos edifícios mais marcantes da urbanidade da cidade, sempre numa relação direta com a Avenida do Dr. Lourenço Peixinho”, recordando que o motivo que esteve na génese da construção desta artéria foi “a existência da estação dos caminhos-de-ferro”.
Na cerimónia, António Laranjo reconheceu “a importância deste projeto de requalificação que irá transformar o edifício num espaço de divulgação de informação da Cidade, do Município e da Região, com um enquadramento museológico e polivalente, que se enquadra perfeitamente na visão que a IP tem para a reutilização do património ferroviário”.
Para o responsável máximo da IP, “a recuperação e valorização de infraestruturas e equipamentos que se encontram desativados, representa um aumento da qualidade de vida, e pretende servir de suporte ao crescimento económico das regiões, atraindo visitantes, salvaguardando o património e promovendo a cultura, através do envolvimento da comunidade”, elogiando “a partilha de objetivos da atividade da IP na área do património e da Câmara de Aveiro”.
António Laranjo explicou que “a importância da Estação será ainda maior com a construção das Linhas de alta velocidade, entre o Porto e Lisboa e com a ligação de Aveiro a Mangualde, que ficarão igualmente ligadas à atual estação ferroviária de Aveiro”, dando nota de que “uma viagem de Aveiro ao Porto, a Lisboa, a Vigo ou ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro poderá ser feita em menos de metade do tempo atual”.
Para além de preservar o passado, o património e as suas memórias, o responsável salientou que a IP “está a pensar no presente e a programar o futuro”, dando nota de que a atual Estação de Aveiro “é um ponto central na Rede Ferroviária Nacional, onde circulam diariamente 122 comboios na Linha do Norte e 22 comboios na Linha do Vouga, em direção a mais de 100 destinos diretos, a partir da cidade de Aveiro”.
Um edifício com 105 anos de história e que reabre as portas à população e aos visitantes da região, disponibilizando diversas salas multifunções para exposições, reuniões de empresas e ainda um espaço para atividades culturais.
Preservando o nome Estação - com o qual foi inaugurada em 1864 – o edifício ergue-se com uma fachada de notáveis painéis de azulejos azuis e brancos, da Fábrica Fonte Nova, da autoria de Francisco Pereira e Licínio Pinto, colocados em 1916, e que durante a reabilitação foram restaurados na sua totalidade, resultado de um projeto do arquiteto João Mendes Ribeiro.
Destaque para o facto da Estação de Aveiro, congregando os dois edifícios de passageiros, foi distinguida em 2014 pelo sítio de viagens e turismo Tripadvisor com o Certificado de Excelência, estando incluída na lista de atrações da cidade de Aveiro – Prédios arquitetónicos.
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