O seu prato mais famoso, o “Leitão à Bairrada”, foi assim gentilmente açambarcado pelos conimbricenses, sobretudo em ocasiões festivas e na Passagem de Ano – época em que o preço pode atingir os 35€/kg.
O prato tem origens na civilização romana, e daí até aos dias de hoje, a sua popularidade como iguaria gastronómica expandiu-se, sendo que só nesta região são assados todos os dias cerca de 3 mil leitões. Recentemente, foi considerado como uma das 7 maravilhas da gastronomia portuguesa, na categoria “Carne”.
- “Mas porque é que um Leitão à Bairrada é diferente dos outros que se comem pelo país?”.
Na Bairrada, um bom leitão não basta sê-lo: é preciso ser de raça Bísara ou Malhado de Alcobaça, e de preferência nascido e criado na região da Bairrada. Deverá ter entre 1 mês e 1 mês e meio, pesar 7/8 kg e alimentar-se exclusivamente de leite materno, o que confere um sabor peculiar à carne. Antigamente, era comum alimentarem-se também de bolotas da mata do Bussaco.
A pele estaladiça resulta dos pequenos borrifos com vinho branco bairradino enquanto o leitão é assado, e da passagem do forno quente para o frio, quando se “constipa”.
A acompanhar, serve-se – idealmente - batata cozida com pele, ao contrário da popular batata frita. A laranja fatiada, apesar de interferir com o sabor do leitão, tem uma função adstringente. Ainda assim, o melhor acompanhamento para o leitão da Bairrada será sempre a sandes, o pão atua como elemento neutro, dando espaço para o leitão ser rei.
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