Gemas de ovos, açúcar e amêndoas compõem a trilogia de ingredientes utilizados na confecção dos doces conventuais portugueses. A estes, juntavam-se por vezes canela, farinha (em pouca quantidade) e frutas cristalizadas, dando origem a receituários vastos e complexos. A capacidade divergente e "savoir-faire" das freiras (cuja vida conventual não se limitava a rezar e a cuidar dos desfavorecidos e enfermos) possibilitaram inúmeras combinações e formas de preparar quase sempre os mesmos ingredientes.
As Nevadas de Penacova, outrora conhecidas como “Palermos Cobertos”, vieram do Mosteiro do Lorvão para Penacova, pelas mãos de uma criada das freiras desta casa religiosa. Os atributos visuais do doce - cobertura rígida em açúcar e cor neutra - escondem a massa fofa e a surpresa do recheio de ovos cremoso no seu interior.
Sobre a data da fundação do Mosteiro do Lorvão não existe consenso: alguns investigadores situam-no no séc. XI, e outros consideram que já existiria no séc. VI, ou ainda antes. Começou por ser uma casa masculina, tendo mais tarde, no séc. XIII, passado a albergar a congregação feminina da Ordem de Cister. com a vinda de D. Teresa, que após a anulação do casamento com D. Afonso XI de Leão, veio viver para este mosteiro acompanhada pelas irmãs Sancha, Mafalda, Branca e Berengária, filhas de D. Sancho I.
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