ACooperativa Bonifrates estreou a 14 de fevereiro, em Coimbra, a peça "As intermitências da morte," baseada no romance de José Saramago, com adaptação teatral de João Maria André e encenação de João Paulo Janicas.
A peça tem estado em cena desde então, com dois espetáculos semanais, realizando a 28 de fevereiro o último espetáculo dessa série.
Como as sessões têm estado sempre esgotadas, estão já previstas mais 8 sessões a realizar no mês de março, nos dias 8, 10, 16, 21, 24, 27 e 31, às 21h30 e no sábado, dia 18, às 17h00, sempre no Teatro-Estúdio Bonifrates (Casa Municipal da Cultura).
Como diz o encenador, “em As Intermitências da Morte, Saramago apresenta-nos um impreciso país em que a morte deixa de matar. Obviamente, as estruturas da sociedade, da economia, de toda a cultura são abaladas e têm de enfrentar a inédita situação. […] Mas os caprichos da morte não terminam ainda. Quando esta volta a matar, agora com aviso prévio, um humano violoncelista resiste à sentença, até ali infalível, da carta cor de violeta. Face ao desafio de “um exemplar da espécie de que era inimiga”, e apesar da perplexidade da sua gadanha, a morte decide metamorfosear-se em mulher e conhecer aquele “serrador de violoncelos”. Mas será, precisamente, a música que a fará soçobrar. Até quando?”
A peça é, como o romance, um exercício de humor e, ao mesmo tempo de lirismo sobre a morte, a arte, o amor e o tempo, sem poupar a loucura dos humanos que dela fazem negócio e até arma política.
A peça conta com cenografia de José Tavares, figurinos de Cristina Janicas, desenho de luz e vídeo de Nuno Patinho, cartaz de Ana Biscaia e fotografias de Tiago Mota, além de um elenco constituído por Alexandra Silva, Beatriz Ferreira, Carla Mariana Pinto, Cristina Janicas, Francisco Paz, João Maria André, João Damasceno, José Castela, José Manuel Carvalho, Maria José Almeida, Maria Manuel Almeida, Mariana Abrunheiro, Paula Santos, Rui Almeida e Vítor Carvalho